quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Abaixo assinado pede passagens com preços justos para região Norte

A falta de concorrência em algumas cidades brasileiras, principalmente na Região Norte, está fazendo com que as companhias aéreas abusem nos preços das passagens. Para várias cidades da Amazônia, onde Gol e TAM têm voos, o preço da viagem é mais caro que as tarifas cobradas pelas empresas aéreas para Estados Unidos e Europa. 

O oportunismo das companhias aéreas nos períodos de alta temporada é algo incompreensível, que, na maioria das vezes, não se justifica. As empresas costumam cobrar até 600% a mais do que cobram em períodos normais durante todo o ano. Milhares de pessoas são obrigadas a pagar preços abusivos porque não tem outra alternativa de transporte saindo de centenas de municípios da região amazônica.

A forma como tem atuado duas ou três empresas com estas tarifas abusivas deveriam facilmente ser consideradas como cartel, se nossa justiça e Ministério Público fossem mais atuantes. Embora o mercado seja livre, o governo através da Agência Reguladora precisa entender que cidades como Macapá, Belém, Manaus, Boa Vista, Rio Branco, Marabá, Cuiabá, entre outras, são dependentes do avião e a exploração destas concessões não poderiam ficar a deriva da lógica do mercado, que como já falamos, em alguns trechos, funciona em sistema de cartel e atendendo ao interesse apenas de quem explora as rotas, dentro de suas conveniências. Com efeito, a regulamentação das tarifas para cidades onde o avião é um gênero de primeira necessidade, torna-se necessária, salvaguardando assim o acesso a um transporte que permita os menos favorecidos, que dependem do avião para chegar em outras regiões do País, o direito de viajar durante todo o ano, inclusive nos períodos de alta temporada. A popularização do avião como meio de transporte é uma conquista importante que precisa ser consolidada e para isso o melhor caminho é a boa e velha concorrência. 


Contudo, as restrições de valores de passagens em períodos de alta temporada não se justificam e em alguns casos beira o absurdo. Partes dos acentos poderiam ser reservados a preços acessíveis sem prejuízos para as Cias, já que boa parte dos vôos muitas das vezes estão decolando vazios em períodos de alta temporada, ao contrário do que sugere as tarifas cobradas especialmente pelas Cias. TAM e Gol, onde ambas operam sozinhas.

Celso Martins, consultor em assuntos urbanos e executivo do setor de hotelaria.

CLIQUE AQUI PARA ASSINAR O ABAIXO ASSINADO, que posteriormente sera encaminhado para a ANAC.

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